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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Gripen e Saab podem impactar o negócio entre Embraer e Boeing


Gripen. Protótipo do novo caça fez seu primeiro voo supersônico
Foto: Divulgação/Divulgação
Empresa sueca de aviação venceu a concorrência internacional para fornecer caças ao Brasil em parceria com a Embraer, que receberá tecnologia; além de serem concorrentes, Saab venceu a Boeing na licitação brasileira
A eventual parceria entre Embraer e Boeing esbarra em um conflito de interesses difícil de ser compreendido e que divide especialistas.
O motivo é a parceria já consolidada entre a Embraer e a empresa sueca Saab, que venceu a concorrência do programa FX-2 para fornecer caças supersônicos Gripen ao governo brasileiro.
Na disputa, os suecos venceram o caça F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault. Ou seja, Boeing e Saab são concorrentes no mercado internacional e isso poderia inviabilizar uma parceria entre a Embraer e a empresa americana.
"A Suécia concordará em passar um segredo tecnológico para uma empresa que estará coligada a uma concorrente direta dela nesta área", questionou Celso Amorim, ex-ministro da Defesa, em artigo ao portal GGN.
"A Embraer, como ela é hoje, ainda possui algumas lacunas a serem preenchidas. Para algumas destas lacunas o acordo com a Suécia irá ajudar. Como a Boeing é o principal concorrente deles nos caças, não sei se uma coisa afetará a outra", completou.
Para Ciro Bondesan, que foi o nono engenheiro a fazer parte da Embraer e acumula 53 anos de experiência no setor aeronáutico, as três empresas podem se beneficiar da negociação. "Creio que haverá troca de interesses. A Boeing pode querer pegar itens da Saab, e vice-versa"..