ETANOL SUCESSO BRASILEIRO
Mundialmente reconhecido por seu pioneirismo no desenvolvimento do etanol como combustível, o Brasil é hoje, além de maior produtor e consumidor do produto, também o maior exportador. O crescimento da demanda global pelos biocombustíveis fez o volume ex portado elevar-se de 565 milhões de litros em 2003 para 3,4 bilhões de litros em 2006, que renderam ao país US$ 1,604 bilhão em divisas. Desde o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Pro-álcool), há 33 anos, a produção de álcool no país aumentou de 700 milhões de litros para 15 bilhões de litros na safra de 2004/2005. Segundo o Plano Nacional de Energia, o Brasil deverá chegar a 2030 produzindo 66,5 bilhões de litros de etanol. A produção atual ocupa cerca de 5,6 milhões de hectares e serão necessários 13,9 milhões de hectares. O Proálcool aumentou a adição de álcool anidro à gasolina. O álcool etílico hidratado passou a ser utilizado em veículos especialmente desenvolvidos para esse combustível. Em 1985, tais veículos representaram 85% das vendas totais, mas uma crise de abastecimento, quatro anos depois, ceifou a confiança dos consumidores no combustível e o percentual caiu para 2%. Na década seguinte, o carro flex que roda tanto com gasolina, álcool ou com uma mistura de ambos veio para virar o jogo novamente. Hoje, três em cada quatro veículos vendidos têm motores bicombustível.
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Áreas de pastos para agricultura
Estima-se que apenas 1% das terras aráveis do mundo seja usada hoje para produzir biocombustíveis, segundo a Agência Internacional de Energia. Em 2007, somente 7% da produção de óleo vegetal e 3,5% da de cereais teriam sido utilizadas como combustível. Mesmo assim, estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento advertiu que o impulso aos biocombustíveis representa uma grave ameaça a milhões de lavradores. O relatório, divulgado esta semana na cúpula da FAO, enumera riscos sociais e ambientais dos biocombustíveis, mas isenta-os do papel de vilões da crise alimentar. “Os recentes aumentos nos preços alimentares não foram causados primariamente pelos biocombustíveis”, diz o texto, citando quebras de safras, estoques baixos e maior demanda por alimentos e rações na Ásia como causas dos reajustes. O estudo critica as subvenções concedidas aos biocombustíveis na Europa e nos EUA, mas ressalva o caso do álcool brasileiro, citado como mais rentável e viável. Presente em Roma, onde se realizou a reunião da FAO, o presidente Lula defendeu os biocombustíveis, dizendo que a culpa da alta é do petróleo e do protecionismo. Muitos dos que responsabilizam o etanol pelos altos preços dos alimentos são os mesmos que há décadas man-têm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores disse Lula. O diretor geral da FAO, Jacques Diouf, alerta que a crise de alimentos prejudica todos os países, por isso propôs que sejam deixados de lado “os interesses a curto prazo” ao se lidar com desafios como a mudança climática, a bioenergia e os altos preços agrícolas. Para o dirigente do WWF-Brasi l, Cláudio Moret t i, “a postura correta é negociar abertamente critérios socio-ambientais que sejam firmes e claros”. Áreas ociosas de pastagens podem ser usadas para dobrar a capacidade de produção de grãos do país e fazer frente à demanda mundial por alimentos e biocombustíveis. É o que defende o senador Osmar Dias (PDT-PR), lembrando que o governo federal deveria incentivar os agricultores a aproveitarem as áreas degradadas para ampliar o plantio. Temos mais de 220 milhões de hectares de pastagens. Utilizando 50 milhões de hectares e recuperando essas áreas degradadas poderemos, num curto prazo, dobrar a capacidade de produção de grãos afirmou.O senador propôs ainda que o Brasil estabeleça o zoneamento agrícola para garantir que os alimentos não sejam utilizados como base para a produção de biocombustível. Para o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), sistemas de cultivos e criações integrados à floresta são a melhor forma de combinar aumento da área plantada com proteção ambiental. A integração agrossilvipastoril combina viabilidade econômica com conservação dos recursos naturais disse Goellner, autor de projeto que incentiva o uso de biocombustíveis pelas máquinas e equipamentos agrícolas.
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Por que eles são melhores.
A queima do biodiesel também emite CO2 (e nenhum outro resíduo nocivo ao meio ambiente), mas estudos apontam índices até 80% menores em relação ao combustível de petróleo. Além disso, todo o CO2 emitido na queima do biodiesel é capturado pelas plantas e utilizado por elas durante o seu crescimento e existência. O etanol é um álcool incolor, volátil e totalmente solúvel em água, derivado de cana-de-açúcar, milho, uva, beterraba ou outros cereais, produzido por meio da fermentação da sacarose. Contém 35% de oxigênio em sua composição e possui combustão limpa, ou seja, sua queima resulta somente em calor, sem presença de fuligem. Devido a isso, a emissão de CO2 na queima é baixíssima.
Mundialmente reconhecido por seu pioneirismo no desenvolvimento do etanol como combustível, o Brasil é hoje, além de maior produtor e consumidor do produto, também o maior exportador. O crescimento da demanda global pelos biocombustíveis fez o volume ex portado elevar-se de 565 milhões de litros em 2003 para 3,4 bilhões de litros em 2006, que renderam ao país US$ 1,604 bilhão em divisas. Desde o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Pro-álcool), há 33 anos, a produção de álcool no país aumentou de 700 milhões de litros para 15 bilhões de litros na safra de 2004/2005. Segundo o Plano Nacional de Energia, o Brasil deverá chegar a 2030 produzindo 66,5 bilhões de litros de etanol. A produção atual ocupa cerca de 5,6 milhões de hectares e serão necessários 13,9 milhões de hectares. O Proálcool aumentou a adição de álcool anidro à gasolina. O álcool etílico hidratado passou a ser utilizado em veículos especialmente desenvolvidos para esse combustível. Em 1985, tais veículos representaram 85% das vendas totais, mas uma crise de abastecimento, quatro anos depois, ceifou a confiança dos consumidores no combustível e o percentual caiu para 2%. Na década seguinte, o carro flex que roda tanto com gasolina, álcool ou com uma mistura de ambos veio para virar o jogo novamente. Hoje, três em cada quatro veículos vendidos têm motores bicombustível.
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Áreas de pastos para agricultura
Estima-se que apenas 1% das terras aráveis do mundo seja usada hoje para produzir biocombustíveis, segundo a Agência Internacional de Energia. Em 2007, somente 7% da produção de óleo vegetal e 3,5% da de cereais teriam sido utilizadas como combustível. Mesmo assim, estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento advertiu que o impulso aos biocombustíveis representa uma grave ameaça a milhões de lavradores. O relatório, divulgado esta semana na cúpula da FAO, enumera riscos sociais e ambientais dos biocombustíveis, mas isenta-os do papel de vilões da crise alimentar. “Os recentes aumentos nos preços alimentares não foram causados primariamente pelos biocombustíveis”, diz o texto, citando quebras de safras, estoques baixos e maior demanda por alimentos e rações na Ásia como causas dos reajustes. O estudo critica as subvenções concedidas aos biocombustíveis na Europa e nos EUA, mas ressalva o caso do álcool brasileiro, citado como mais rentável e viável. Presente em Roma, onde se realizou a reunião da FAO, o presidente Lula defendeu os biocombustíveis, dizendo que a culpa da alta é do petróleo e do protecionismo. Muitos dos que responsabilizam o etanol pelos altos preços dos alimentos são os mesmos que há décadas man-têm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores disse Lula. O diretor geral da FAO, Jacques Diouf, alerta que a crise de alimentos prejudica todos os países, por isso propôs que sejam deixados de lado “os interesses a curto prazo” ao se lidar com desafios como a mudança climática, a bioenergia e os altos preços agrícolas. Para o dirigente do WWF-Brasi l, Cláudio Moret t i, “a postura correta é negociar abertamente critérios socio-ambientais que sejam firmes e claros”. Áreas ociosas de pastagens podem ser usadas para dobrar a capacidade de produção de grãos do país e fazer frente à demanda mundial por alimentos e biocombustíveis. É o que defende o senador Osmar Dias (PDT-PR), lembrando que o governo federal deveria incentivar os agricultores a aproveitarem as áreas degradadas para ampliar o plantio. Temos mais de 220 milhões de hectares de pastagens. Utilizando 50 milhões de hectares e recuperando essas áreas degradadas poderemos, num curto prazo, dobrar a capacidade de produção de grãos afirmou.O senador propôs ainda que o Brasil estabeleça o zoneamento agrícola para garantir que os alimentos não sejam utilizados como base para a produção de biocombustível. Para o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), sistemas de cultivos e criações integrados à floresta são a melhor forma de combinar aumento da área plantada com proteção ambiental. A integração agrossilvipastoril combina viabilidade econômica com conservação dos recursos naturais disse Goellner, autor de projeto que incentiva o uso de biocombustíveis pelas máquinas e equipamentos agrícolas.
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Por que eles são melhores.
A queima do biodiesel também emite CO2 (e nenhum outro resíduo nocivo ao meio ambiente), mas estudos apontam índices até 80% menores em relação ao combustível de petróleo. Além disso, todo o CO2 emitido na queima do biodiesel é capturado pelas plantas e utilizado por elas durante o seu crescimento e existência. O etanol é um álcool incolor, volátil e totalmente solúvel em água, derivado de cana-de-açúcar, milho, uva, beterraba ou outros cereais, produzido por meio da fermentação da sacarose. Contém 35% de oxigênio em sua composição e possui combustão limpa, ou seja, sua queima resulta somente em calor, sem presença de fuligem. Devido a isso, a emissão de CO2 na queima é baixíssima.
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