O presidente do Senado, José Sarney, disse nesta segunda-feira (20) que a atuação do presidente Barack Obama poderá contribuir para uma aproximação entre os Estados Unidos e Cuba. Durante a 5ª Cúpula das Américas, encerrada no último domingo (19), Obama anunciou uma política de aproximação com Cuba, com medidas que prevêem o fim das restrições de viagens e de remessa de dinheiro àquele país por cidadãos cubano-americanos.
- O problema há muito tempo devia ser resolvido. Com o presidente Obama as coisas estão avançando para normalizarmos essa situação, que há tanto tempo preocupa todos nós. Desejamos que Cuba se torne uma democracia plena - afirmou Sarney em rápida entrevista à imprensa.
O fim do embargo econômico dos Estados Unidos sobre Cuba e a reinclusão do país à Organização dos Estados Americanos (OEA) também foi defendido pelos participantes da cúpula, realizada em Porto of Spain, capital de Trinidad e Tobago, com a presença de lideranças de 30 países da região e de Barack Obama.
Sarney lembrou que, no caso do Brasil, a "diplomacia presidencial" de aproximação com Cuba teve início nos anos 80, durante o período em que ocupou a Presidência da República (1985-1990).
- Confesso que iniciamos a diplomacia criando o Grupo dos 8, no México, quando levantei pela primeira vez que deveríamos incluir Cuba no sistema americano. O assunto foi debatido na nossa primeira reunião, em Acapulco, acho que em 1986 - recordou Sarney.
Exclusão
Em janeiro de 1962, ministros das Relações Exteriores dos países da Organização dos Estados Americanos (OEA), criada em 1948, reuniram-se sob os auspícios do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) para considerar as ameaças à paz e à independência política dos estados americanos.
A conferência focava-se na situação política do governo de Cuba, cujo líder, Fidel Castro, declarara adesão ao marxismo-leninismo, e nas alegadas ações contra países vizinhos. Após dez dias de discussões, em 31 de janeiro, Cuba foi suspensa da Junta Interamericana de Defesa e da OEA, sendo que esta última decisão não contou com votos favoráveis dos maiores países latino-americanos, incluindo o Brasil.
A delegação brasileira, liderada por Francisco Clementino de San Tiago Dantas, opôs-se às sanções contra Cuba e, junto com Argentina, México, Chile, Bolívia e Equador, absteve-se da resolução que suspendia o governo cubano da OEA.
San Tiago Dantas tornou-se uma das principais figuras da reunião, defendendo firmemente a inoperância e ilegalidade de sanções, cujo resultado (na visão de San Tiago), seria a consolidação da influência soviética, de acordo com a Revista Brasileira de Política Internacional, editada pelo Instituto Brasileiro de Relações Internacionais.
Ainda em 1962, foi decretado o embargo econômico dos Estados Unidos sobre Cuba.
Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado
terça-feira, 21 de abril de 2009
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Sarney acredita que atuação de Obama irá contribuir para aproximação entre EUA e Cuba
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