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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mast e Observatório Nacional chamam atenção para trânsito de Vênus

Um acontecimento astronômico raro será registrado esta semana: o planeta Vênus vai passar pelo Sol nestas terça e quarta-feiras (5 e 6). O trânsito de Vênus, como é conhecido o fenômeno, só voltará a ocorrer daqui a 105 anos. No Brasil, poderá ser visto apenas no extremo noroeste do Acre, quando o Sol estiver já se pondo. 

Nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI) montará um telão e transmitirá ao vivo, a partir das 19h, as imagens do fenômeno vindas de outros observatórios. As atividades no museu começam às 15h, com duas palestras sobre o assunto. Na primeira, a pesquisadora Christina Helena Barboza, da Coordenação de História da Ciência do Mast, apresentará um estudo sobre a participação do Observatório Nacional na expedição organizada para observar o trânsito de 1882. 

Em seguida, será a vez do astrônomo Eugênio Reis, do Mast, falar sobre como acontecem os trânsitos planetários e a importância do fenômeno para a determinação da distância Terra-Sol. Ao entardecer, o público será convidado a participar da atividade de observação do céu nas grandes lunetas do museu. 

O trânsito de Vênus acontece em pares espaçados de oito anos, seguidos de intervalos maiores que 100 anos. O último ocorreu em 2004, e o par anterior havia sido em 1874 e 1882. Leia mais. 

Pequeno ponto 

Durante o acontecimento, a imagem de Vênus aparecerá projetada como um pequeno ponto preto sobre a superfície do Sol. De acordo com a pesquisadora Josina Oliveira do Nascimento, da coordenação de Astronomia e Astrofísica do Observatório Nacional (ON/MCTI), esse fenômeno somente é registrado com Vênus e Mercúrio, pois são os únicos planetas que ficam entre a Terra e Sol. “Os demais planetas só permitem a configuração Sol-Terra-Planeta.” 

A pesquisadora faz uma comparação com o eclipse lunar. “O disco aparente da Lua, que é a forma como nós a vemos, é praticamente do mesmo tamanho do disco aparente do Sol, mas o disco aparente de Vênus é cerca de 31 vezes menor, então a mancha escura é cerca de 31 vezes menor que o disco do Sol.” 
Saiba sobre os cuidados necessários para a observação e assista a vídeo sobre o assunto.  


                                                                 
Texto: Ascom do MCTI, com informações do Mast e do Observatório Nacional