O futebol do Brasil também pretende alcançar este ano vitória na área de tecnologia. Estudantes de Porto Alegre (RS) e de São Paulo se preparam para mais uma edição do RoboCup 2010. O evento é uma espécie de Copa do Mundo dos robôs e se realiza de 19 a 25 deste mês, em Singapura.
A competição é considerada a maior e mais importante plataforma de pesquisa em robótica e vai reunir mais de 400 equipes de 40 países.
Entre os brasileiros participantes, estão alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), de São Paulo. As equipes estão inscritas na categoria Small Size (que utiliza pequenos robôs de 15 cm de altura), também conhecida como F-180.
O grupo da FEI é formado por nove alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e de mestrado. Os universitários levam para a disputa sete robôs (cinco jogadores, sendo um goleiro, mais dois reservas). Cada robô tem cinco motores e quatro rodas, além de quatro baterias de 7,4 volts.
Futebol
Na partida, atletas e treinadores são substituídos pelas máquinas. O jogo ocorre num campo com 17,5 metros quadrados, onde os robôs são comandados por um programa executado em tempo real no computador. Duas câmeras, instaladas a uma altura de quase quatro metros, captam as imagens da partida e enviam ao computador, que controla os robôs via radiofreqüência.
“São robôs automáticos que jogam sem a interferência humana, nós somos meros espectadores. É praticamente igual ao futebol que conhecemos, tendo a partida duração de dois tempos de cinco minutos. O juiz também é automático, neste caso uma pessoa apenas aperta os botões para indicar o que ocorreu”, conta o coordenador do projeto Futebol de Robôs da FEI, Flávio Tonidandel.
Algumas regras são mais rígidas. “O atacante não pode entrar na área do adversário porque senão é falta ou pênalti. Isso é só para evitar que um robô fique obstruindo o outro”, acrescenta o professor, que já acumula experiência em competições com robôs há quase sete anos.
Novas tecnologias
A competição internacional se realiza há mais de 10 anos e envolve a participação de robôs inteligentes de uma forma geral; entre as modalidades, estão as categorias: resgate, colaboração e ambiente de simulação. Em 2009, a equipe da FEI ficou entre as 12 melhores colocadas no torneio realizado na Áustria. A expectativa é de ter desempenho superior nesta edição.
A parte eletrônica utiliza a tecnologia FPGA, um microcontrolador que garante mais flexibilidade aos robôs. Outra novidade está na parte mecânica, que ganhou motores mais potentes, de 50 watts. Os estudantes da FEI também fizeram modificações no software de Inteligência Artificial para garantir melhor defesa e tomada de decisões mais rápidas.
“Então, para esse ano temos um sistema de eletrônica mais apurado, detalhado; que dá uma capacidade de programação maior. A parte mecânica está mais estruturada, robusta e forte. Os nossos robôs antes eram mais lentos e quebravam peças facilmente ao serem atingidos com chutes muito fortes. Agora eles agüentam mais partidas de futebol”, garante Tonidandel.
A equipe da FEI já se prepara para competir na categoria bípedes (humanóide) da RoboCup. A expectativa é aprender nessa edição para competir em 2011. “A dificuldade é maior. Deixar o robô em pé como ser humano. Cada um enxerga a bola de um ângulo diferente e eles precisam conversar em campo e tomar decisões”, esclarece o professor.
A primeira demonstração humanóide deve ocorrer no Brasil, ainda neste ano, de 23 a 28 de outubro, dentro das programações da Competição Brasileira e da Latino-Americana de Robótica, na sede da instituição.
Reforço curricular
De acordo com o instrutor da FEI, a participação no mundial trouxe como resultado o grande aprendizado. As competições serviram de motivação para os alunos e para estimular o desenvolvimento da robótica móvel no País; diante dos avanços obtidos nas áreas de mecânica, eletrônica e inteligência artificial.
“É preciso trabalhar a parte de cooperação, movimentação e visão dos robôs. As equipes ainda trocam ideias, ciência e tecnologia. Lá fora, em nível de tecnologia, houve grande avanço e investimentos (em especial nos Estados Unidos e na Ásia) e nós também chegamos num nível que começamos a competir bem”, avalia Tonidandel.
Para os alunos envolvidos na RoboCup, a experiência é um reforço curricular. Os estudantes da FEI dedicam 20 horas por semana para o projeto, em período diferenciado ao do curso. Alguns participantes, como o paulista José Ângelo Gurzoni, de 29 anos, puderam acompanhar a evolução dos conhecimentos adquiridos desde início das competições, também realizadas no Brasil desde 2003.
Hoje, Gurzoni faz mestrado em inteligência artificial na FEI e trabalha com softwares e sistema de computação no departamento de tecnologia do Banco Mundial. Para ele, a universidade é a fundação, mas o conhecimento prático faz a diferença. “Neste sentido aprendi muito, principalmente porque usamos e desenvolvemos softwares dentro do laboratório com uma complexidade bem maior do que normalmente é administrado em sala de aula”, conta.
A competição é considerada a maior e mais importante plataforma de pesquisa em robótica e vai reunir mais de 400 equipes de 40 países.
Entre os brasileiros participantes, estão alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), de São Paulo. As equipes estão inscritas na categoria Small Size (que utiliza pequenos robôs de 15 cm de altura), também conhecida como F-180.
O grupo da FEI é formado por nove alunos dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e de mestrado. Os universitários levam para a disputa sete robôs (cinco jogadores, sendo um goleiro, mais dois reservas). Cada robô tem cinco motores e quatro rodas, além de quatro baterias de 7,4 volts.
Futebol
Na partida, atletas e treinadores são substituídos pelas máquinas. O jogo ocorre num campo com 17,5 metros quadrados, onde os robôs são comandados por um programa executado em tempo real no computador. Duas câmeras, instaladas a uma altura de quase quatro metros, captam as imagens da partida e enviam ao computador, que controla os robôs via radiofreqüência.
“São robôs automáticos que jogam sem a interferência humana, nós somos meros espectadores. É praticamente igual ao futebol que conhecemos, tendo a partida duração de dois tempos de cinco minutos. O juiz também é automático, neste caso uma pessoa apenas aperta os botões para indicar o que ocorreu”, conta o coordenador do projeto Futebol de Robôs da FEI, Flávio Tonidandel.
Algumas regras são mais rígidas. “O atacante não pode entrar na área do adversário porque senão é falta ou pênalti. Isso é só para evitar que um robô fique obstruindo o outro”, acrescenta o professor, que já acumula experiência em competições com robôs há quase sete anos.
Novas tecnologias
A competição internacional se realiza há mais de 10 anos e envolve a participação de robôs inteligentes de uma forma geral; entre as modalidades, estão as categorias: resgate, colaboração e ambiente de simulação. Em 2009, a equipe da FEI ficou entre as 12 melhores colocadas no torneio realizado na Áustria. A expectativa é de ter desempenho superior nesta edição.
A parte eletrônica utiliza a tecnologia FPGA, um microcontrolador que garante mais flexibilidade aos robôs. Outra novidade está na parte mecânica, que ganhou motores mais potentes, de 50 watts. Os estudantes da FEI também fizeram modificações no software de Inteligência Artificial para garantir melhor defesa e tomada de decisões mais rápidas.
“Então, para esse ano temos um sistema de eletrônica mais apurado, detalhado; que dá uma capacidade de programação maior. A parte mecânica está mais estruturada, robusta e forte. Os nossos robôs antes eram mais lentos e quebravam peças facilmente ao serem atingidos com chutes muito fortes. Agora eles agüentam mais partidas de futebol”, garante Tonidandel.
A equipe da FEI já se prepara para competir na categoria bípedes (humanóide) da RoboCup. A expectativa é aprender nessa edição para competir em 2011. “A dificuldade é maior. Deixar o robô em pé como ser humano. Cada um enxerga a bola de um ângulo diferente e eles precisam conversar em campo e tomar decisões”, esclarece o professor.
A primeira demonstração humanóide deve ocorrer no Brasil, ainda neste ano, de 23 a 28 de outubro, dentro das programações da Competição Brasileira e da Latino-Americana de Robótica, na sede da instituição.
Reforço curricular
De acordo com o instrutor da FEI, a participação no mundial trouxe como resultado o grande aprendizado. As competições serviram de motivação para os alunos e para estimular o desenvolvimento da robótica móvel no País; diante dos avanços obtidos nas áreas de mecânica, eletrônica e inteligência artificial.
“É preciso trabalhar a parte de cooperação, movimentação e visão dos robôs. As equipes ainda trocam ideias, ciência e tecnologia. Lá fora, em nível de tecnologia, houve grande avanço e investimentos (em especial nos Estados Unidos e na Ásia) e nós também chegamos num nível que começamos a competir bem”, avalia Tonidandel.
Para os alunos envolvidos na RoboCup, a experiência é um reforço curricular. Os estudantes da FEI dedicam 20 horas por semana para o projeto, em período diferenciado ao do curso. Alguns participantes, como o paulista José Ângelo Gurzoni, de 29 anos, puderam acompanhar a evolução dos conhecimentos adquiridos desde início das competições, também realizadas no Brasil desde 2003.
Hoje, Gurzoni faz mestrado em inteligência artificial na FEI e trabalha com softwares e sistema de computação no departamento de tecnologia do Banco Mundial. Para ele, a universidade é a fundação, mas o conhecimento prático faz a diferença. “Neste sentido aprendi muito, principalmente porque usamos e desenvolvemos softwares dentro do laboratório com uma complexidade bem maior do que normalmente é administrado em sala de aula”, conta.
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