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domingo, 6 de dezembro de 2009

Ministro lança 4ª Conferência Nacional de C,T&I em Brasília

Ciência, tecnologia e inovação com foco no desenvolvimento sustentável. A 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) lançada hoje (4), em Brasília, pelo ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Sergio Rezende, pretende destacar o Brasil como um País preocupado com a sustentabilidade do planeta, uma potência verde. O evento, a se realizar de 26 a 28 de maio de 2010, tem ainda a missão de deixar para os próximos governos uma Política de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na abertura do evento, Rezende lembrou os importantes acontecimentos em C&T nos últimos anos, como, por exemplo, a criação dos fundos setoriais, que constituem um mecanismo inovador de estímulo ao fortalecimento do sistema de C&T nacional. Os Fundos têm como objetivo garantir a ampliação e a estabilidade do financiamento para a área e, em simultâneo, a criação de um novo modelo de gestão, fundado na participação de vários segmentos sociais, no estabelecimento de estratégias de longo prazo, na definição de prioridades e com foco nos resultados.

Ele falou também da tarefa dos debatedores, da responsabilidade de avaliar as últimas quatro décadas de C&T no Brasil. “A ciência e a tecnologia são áreas novas no País. Devemos avaliar nossos avanços, fazer um balanço do atual Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC,T&I 2007-2010) e ainda propor um novo plano. Quem sabe, até mesmo, uma Política de Estado em C&T, que se estabeleça até 2020”, enfatizou.

Para uma platéia de cientista, pesquisadores, diretores e membros de institutos de ciência e tecnologia de todo o País, Rezende, pediu o apoio de todos na divulgação e mobilização em torno da 4ª Conferência. “Queremos com a ajuda de todos propor metas ambiciosas. E, para isso, contamos com a ajuda de todos vocês (cientista e pesquisadores) na construção de uma proposta final para a expansão do nosso sistema de C&T”. O objetivo, destacou, é deixar para o próximo governo, ideias e ações prontas para serem executadas. Isso seria a continuidade de tudo que está sendo feito neste momento.

Organização

O secretário-geral da 4ª CNCTI, Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, apresentou um histórico das conferências, desde a primeira, em 1985, convocada pelo então ministro de C&T, Renato Archer, com o objetivo de discutir com a sociedade as políticas para a área, de modo a subsidiar as ações do recém-criado Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). “Na ocasião, o encontro serviu para promover e divulgar a ciência e a tecnologia (C&T), restabelecer um diálogo com a sociedade visando à definição de políticas públicas para a área, entre outros assuntos”, definiu.

De acordo com Aragão, 16 anos depois, em 2001, realizou-se a 2ª edição do evento, já com o nome de Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, reconhecimento ao fato de que, pela via da inovação, a ciência e a tecnologia poderiam contribuir para prover a sociedade com novos e melhores produtos, processos e serviços. “Nesse encontro, se discutiu em profundidade sobre o novo modelo de financiamento, baseado nos Fundos Setoriais, posto em prática a partir de 1999, que viria a ter enorme impacto sobre a ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) do País”, citou.

Aragão falou ainda da 3ª Conferência, em 2005, com o intuito de demonstrar que as áreas de C,T&I são ferramentas essenciais e indispensáveis para o desenvolvimento do Brasil. “A proposta desta edição foi destacar o País como gerador de riquezas. E, principalmente, a necessidade de se promover diante disso a inclusão social. Além disso, discutiram-se as áreas de interesse nacional; instrumentos, gestão e regulação; e a presença internacional do Brasil. A partir daí foram apresentadas propostas e sugestões compiladas em um Livro Amarelo, uma referência para quem quer saber mais sobre ciência e tecnologia”, lembrou.

Ele ressaltou que a edição de 2010, deve abordar os quatro eixos do Plano de Ação e, além disso, focar nas proposições para o final do evento. “Mas, antes disso, a fase agora é de mobilizar atores que possam contribuir para a construção de uma Política de Estado em C,T&I. Queremos com tudo isso melhorar ainda mais a qualidade da ciência brasileira”, finalizou.

Inclusão social

O secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Rodrigues Elias, destacou por sua vez o desafio da 4ª Conferência ou seja, de criar uma solução para interligar ainda mais a ciência, tecnologia e inovação ao setor produtivo. “Para isso, queremos ouvir toda a sociedade. Precisamos da colaboração de todos os atores da sociedade civil organizada para diminuirmos a desigualdade e, com isso, promover a inclusão social”, destacou.

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