Energia solar de médias e altas temperaturas ganha programa

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota, defendeu, hoje (17), a ampliação da matriz energética nacional e destacou a importância do incremento de tecnologia em energia solar de médias e altas temperaturas. “Somos um País que não pode desperdiçar nenhuma forma de energia, principalmente esta que tem várias vantagens, como a ambiental”, afirmou na abertura da primeira reunião setorial sobre energia solar de médias e altas temperaturas, realizada em Brasília.

O encontro é o primeiro passo em direção a uma proposta de pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de tecnologia para produção de energia térmica e elétrica. Além disso, visa a iniciar uma cadeia produtiva e garantir a sua sustentabilidade e difusão amplificada.

A tecnologia solar de médias e altas temperaturas tem aplicações de grande porte para produção de energia elétrica. O processo consiste na conversão de energia luminosa do Sol em térmica. Essa, por sua vez, vai produzir vapor que será usado para impulsionar turbinas.

Esse modelo de termoelétrica se diferencia das convencionais por usar luz solar como principal fonte. Normalmente, esses sistemas são híbridos, pois usam outras fontes em caso de pouca insolação.

Iniciativas

O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), sediado em Belo Horizonte, e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estão desenvolvendo o projeto de uma usina solar. O empreendimento, com investimentos que devem superar R$ 1 milhão, é o primeiro do gênero no Brasil e está utilizando concentradores cilíndrico-parabólicos.

Segundo o coordenador do projeto, professor José Poluceno, outras instituições já demonstraram interesse. É uma usina piloto com a capacidade para 10 kw. O objetivo é desenvolver a tecnologia ligada a captação de energia solar com a conversão para energia elétrica por meio de concentradores parabólicos.