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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Projeto Mulheres Mil: Participantes comemoram em Brasília resultados do programa

Cerca de 300 mulheres de baixa renda voltaram às salas de aula para elevar a escolaridade e qualificar suas habilidades profissionais. Em 2007, o projeto Mulheres Mil iniciou as atividades em doze estados do Norte e Nordeste do Brasil, onde as desigualdades sociais e de gênero são mais fortes. Nesta terça-feira, 14, uma participante de cada estado veio a Brasília para comemorar os efeitos do programa.

“Verificamos hoje o resultado de um projeto que oferece oportunidade a pessoas que já tinham conhecimento, mas que era desprezado pelo poder público”, disse o ministro Fernando Haddad durante o encontro com as 12 alunas. Para Haddad, a iniciativa permite agregar valor às atividades desenvolvidas pelas mulheres nas suas comunidades.

Produto da parceria entre o Ministério da Educação e a Associação Comunitária das Universidades (Colleges) Canadenses, o projeto oferece formação educacional e qualificação profissional a mulheres com pouca ou nenhuma escolaridade, a partir da valorização das habilidades que adquiriram ao longo de suas vidas.

A formação ocorre por meio da aplicação, pelos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, de metodologia usada nos colleges canadenses para recuperar e qualificar os conhecimentos de populações desfavorecidas, como os imigrantes e aborígenes. Aqui, a metodologia é adaptada à realidade das alunas, de acordo com as necessidades educacionais e a vocação econômica de cada lugar.

Mulheres pesqueiras do Rio Grande do Norte trabalham com o beneficiamento do couro da tilápia. As alunas de São Luís participam de capacitação profissional na área de congelamento de alimentos. Em Aracaju, ex-catadoras de lixo formaram uma cooperativa de reciclagem e recebem aulas para aprimorar o trabalho já feito. Ao todo, há um projeto diferente em cada um dos 12 estados participantes (Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Bahia, Maranhão, Piauí, Tocantins, Roraima e Amazonas), de acordo com o perfil educacional e profissional das alunas.

“É uma injeção de ânimo para elevar a nossa autoestima. A gente se sente capaz de montar nosso próprio negócio, incluídas na sociedade”, diz Francisca das Chagas, aluna do Maranhão presente à comemoração desta tarde.

A intenção do programa é oferecer formação profissional com elevação da escolaridade a mil mulheres até 2010 e garantir a inserção delas de maneira digna no mercado de trabalho.


Fonte: Ministério da Educação (MEC)

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