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O CNS defende a "oferta contínua de programas de segurança alimentar e nutricional, voltados à alimentação saudável, com alimentos produzidos preferencialmente pela agricultura familiar". O conselho quer a proibição, no ciclo escolar, de alimentos com alto teor de açúcar, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio.
Para editar a resolução, o órgão levou em consideração estudos, pesquisas e índices relacionados à saúde e à alimentação dos brasileiros. Segundo o Relatório Saúde Brasil, realizado em 2005, cerca de 32% das mortes no Brasil decorrem de doenças crônicas não transmissíveis.
De acordo com o estudo, "grande parte dessas doenças crônicas pode ser evitada pelo controle do tabagismo, do consumo de álcool e da promoção da alimentação saudável".
Pesquisas oficias também indicam que 1 em cada 4 adultos brasileiros encontra-se com excesso de peso e 1 em cada 10 adultos já está obeso. Entre crianças e adolescentes brasileiros, a prevalência de excesso de peso chega a 12% e de obesidade é de 6%.
A resolução, que é assinada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e pelo presidente do CNS, Francisco Batista Júnior, leva em consideração a Lei de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan - 11.346/2006), que considera a alimentação adequada, um direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana, devendo o poder público adotar políticas e ações necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população.
O documento do conselho também é fundamentado nas políticas de alimentação, nutrição e promoção da saúde, que devem conjugar esforços para promover a alimentação saudável e adequada, fomentando estilos de vida saudáveis e indicando que as ações de saúde pública devem contemplar todos os ciclos de vida, com destaque para a infância e adolescência.
Fonte: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)
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