Afetados pelo rolo compressor da crise, os países apelam para o aumento de tarifas, as mudanças nas cotas e a elevação de subsídios aos seus produtores, prejudicando as exportações brasileiras. A crise global deve dificultar ainda mais os acordos de livre comércio, multilaterais ou bilaterais. Embora o livre-comércio seja, em teoria, o melhor remédio para a crise, na prática os países estão com medo e propensos a aumentar o subsídio aos seus produtores na tentativa de reanimar o agronegócio.Soja, carnes suína e bovina e derivados do leite são os itens mais afetados pelo protecionismo internacional, especialmente em países emergentes. De acordo com o Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, as principais medidas protecionistas foram tomadas pela Rússia, que fixou preços internos para lácteos, pães e óleos vegetais, além de reduzir a cota de carne suína brasileira em 50 mil toneladas e elevar a tarifa extracota de 40% para 65%. Terceiro maior comprador do óleo de soja brasileiro, a Índia aplicou tarifa de 20% sobre o produto. Os indianos restringiram ainda as exportações de produtos chaves como açúcar, trigo e arroz. Já a União Européia aumentou os subsídios para frangos e derivados do leite.Como uma parte importante das vendas dos principais produtos do agronegócio é realizada de forma antecipada e os contratos foram fechados com preços elevados em 2008, a queda nos preços internacionais não refletiu substancialmente nas estatísticas das exportações brasileiras do setor em 2008.
sábado, 14 de março de 2009
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Países apelam para protecionismo e prejudicam exportações do Brasil
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