A expansão do Cenpes transformará o maior centro de pesquisas da América Latina em um dos mais expressivos complexos de pesquisa aplicada do mundo.
A conclusão da primeira fase da ampliação do Centro de Pesquisas está prevista para o segundo semestre de 2010. A área ocupada mais do que duplicará, passando dos 122 mil metros quadrados atuais, para 305 mil metros quadrados.
O conjunto arquitetônico associa modernidade e conceitos de ecoeficiência e sustentabilidade – é ecologicamente eficiente e proporciona redução de custos com a utilização racional e reaproveitamento de recursos naturais.
O moderno Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) da Petrobras ficará centralizado neste novo espaço, interligado à nova estrutura.
A nova estrutura contará com instalações inovadoras, como o Centro de Realidade Virtual (CRV). Nele serão criados ambientes para desenvolvimento de estudos, projetos e pesquisas com simulação tridimensional.
Os cientistas, pesquisadores e especialistas poderão trabalhar ao mesmo tempo no CRV e, remotamente, em outros locais. Será como se estivessem imersos dentro do modelo estudado, percorrendo, por exemplo, uma plataforma de petróleo.
Além disso, a ampliação do Cenpes contará com um total de 23 prédios de laboratórios de pesquisas nos diversos segmentos e áreas da indústria de petróleo e energia, incluindo o amplo Centro de Convenções, que permitirá a realização de eventos internacionais e nacionais do setor.
A extensão do Centro de Pesquisas permitirá a Petrobras ampliar ainda mais a sua contribuição para o futuro da indústria petrolífera e de energia brasileira.
Em função das pesquisas realizadas no Cenpes nas últimas décadas, a Petrobras é reconhecida internacionalmente pelo seu domínio tecnológico e liderança na exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas.
Outro resultado importante foi o desenvolvimento da gasolina especial de alto desempenho, para os carros da equipe Williams de Fórmula 1, bem como lubrificantes de alta tecnologia e combustíveis menos poluentes.
Tecnologia de ponta
Com o projeto de ampliação, o Cenpes totalizará 227 laboratórios de pesquisas, em 23 prédios dedicados (nove na parte nova). Os laboratórios de experimentos mais recentes da indústria petrolífera ganharão maior amplitude, em especial os de biotecnologia, meio ambiente e gás & energia.
O Centro de Realidade Virtual será composto por salas de visualização compartilhada e dois ambientes de imersão, denominados HoloSpace e Caverna Digital (Cave). Neles, telas gigantes receberão projeções de altíssima resolução operadas por computadores gráficos de última geração.
O HoloSpace terá três lados: uma parede frontal, outra lateral e piso. A Cave possuirá o formato de um grande cubo aberto, obtendo-se em cada uma dessas faces a visualização da imagem tridimensional do modelo virtual estudado, por meio de projeção estereoscópica.
Esse tipo de projeção proporciona a ilusão de se ver um objeto no espaço, em três dimensões, apesar de projetado em telas planas, criando a sensação de total imersão. O HoloSpace e a Cave se somarão ao Espaço Galileu e ao Laboratório de Visualização 3D (LabVis), que já permitem essas simulações no prédio atual do Cenpes.
Através de uma central de utilidades, o projeto produzirá a maior parte da energia elétrica, da água gelada, do vapor e do ar comprimido, além de vácuo e gases especiais.
Outro ponto positivo será a área dedicada para as empresas prestadoras de serviços ao Centro de Pesquisas da Petrobras. A ampliação irá gerar cerca de três mil empregos diretos e nove mil indiretos durante a execução da obra.
Com o Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) aumentará a demanda por trabalhos de pesquisas de empresas de informática instaladas no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão. Dessa forma, contribuirá para o desenvolvimento do parque e multiplicará o poder de geração de empregos.
Ecoeficiência e sustentabilidade
O conceito futurista do projeto de ampliação do Cenpes foi concebido pelo arquiteto brasileiro Siegbert Zanettini. O desenho de linhas modernas foi destaque na 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 22 de outubro de 2006.
O projeto concorreu ao Prêmio Mundial de Construção Sustentável, da tradicional organização internacional Holcim Foundation; e recebeu a certificação prata do Leadership in Energy and Environmental Design.
O conceito de sustentabilidade aplicado ao projeto prevê a harmonização da área construída com espaços verdes entre as edificações, laboratórios e jardins internos nos prédios para estimular a integração do ser humano com a natureza no local de trabalho ao recriar um ambiente que favoreça a criatividade e inovação, motivando a produtividade do pesquisador.
Enfatizando os conceitos de ecoeficiência, se alcançará o maior aproveitamento possível de áreas de sombra e ventilação, para menor consumo de energia elétrica e de carga de ar condicionado.
Não haverá incidência direta de sol nos ambientes internos. Os tetos terão aberturas translúcidas e haverá venezianas direcionais em cada dependência, com inclinação calculada para a captação da luz solar e da ventilação natural. Quando alcançado o nível ideal de iluminação natural internamente, apagam-se automaticamente as luzes artificiais, mantendo-se o mesmo padrão de claridade.
A Universidade de São Paulo (USP) contribuiu com estudos no detalhamento dessa parte do projeto para se conjugar maior redução do consumo energético paralelamente à maximização do uso de energia. Também se prevê 50% de independência energética da rede elétrica convencional, através de uma usina de cogeração de energia a gás natural, cuja capacidade final será de 15 megawatts.
Outro carro-chefe do projeto visando a ecoeficiência é o sistema de reaproveitamento de águas. A água da chuva será recolhida dos telhados e da pavimentação, e o esgoto passará por um tratamento físico-químico, resultando em um aproveitamento da água tratada na proporção de 60%, que reduz para cerca de 40% a utilização do sistema público de águas. A água tratada será reaproveitada no sistema de refrigeração da central de utilidades, e a água da chuva reaproveitada para irrigação e sanitários.
As estruturas de ampliação do Cenpes também estão projetadas para não produzir resíduos: são desmontáveis e de aço, com sistemas modulares previamente programados para não haverem cortes e descartes. Eventuais sobras de materiais, como concreto e chapas, serão aproveitadas na própria obra.
Dessa forma, com a expansão do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento, a Petrobras reforça seu apoio para o futuro da indústria petrolífera, petroquímica e de energia do país; bem como o estímulo de uma nova mentalidade ecologicamente correta e eficiente, evitando desperdícios e preservando recursos para o benefício das gerações futuras.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Centro de Pesquisas da Petrobras será um dos maiores do mundo
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