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sábado, 16 de junho de 2012

Maracanã terá placas fotovoltaicas na cobertura


Divulgação
Maracanã (RJ)
O Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou na última segunda-feira (11) o projeto Maracanã Solar, que vai implantar energia fotovoltaica no estádio sede da Copa do Mundo de 2014. A iniciativa faz parte do Programa Rio Capital da Energia, que investirá R$ 500 milhões em projetos de eficiência energética na cidade até 2015.
As placas fotovoltaicas serão instaladas sobre o anel de compressão que suportará uma nova cobertura feita de lona tensionada. A área total é de 2,5 mil m². A nova fonte de energia terá capacidade para gerar 528 MWh por ano, o que corresponde a 20% do que o estádio consome. De acordo com os organizadores do programa, a medida também evitará a emissão de 2,5 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera.
A energia fotovoltaica começará a ser gerada em 2013 e deve ser comercializada para amortização do investimento. Depois deste período, a usina será transferida para consumo do estado do Rio de Janeiro, podendo ser usada diretamente na iluminação do Maracanã. Outras instalações ao redor do estádio também podem receber os painéis solares, como por exemplo, o Maracanãzinho e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O projeto foi desenvolvido pela empresa alemã Schlaich Bergermann und Partner (SBP), a mesma que projetou a nova cobertura. A instalação das placas será feita por meio de parceria do governo do estado com a Light e a Electricité de France (EDF).
Além da energia solar, o Maracanã também receberá dispositivos economizadores de água, sistema de captação de água de chuva (utilizada para irrigação do gramado e funcionamento dos banheiros), descargas ecológicas e sistema de iluminação de LED com 23.500 luminárias de baixa manutenção. O projeto seguirá o sistema Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), do Green Building Council Brasil (GBC).
Rio Capital da Energia
O programa Rio Capital da Energia foi criado pelo governo do estado do Rio em 2011 e pretende mobilizar a sociedade e concentrar recursos em torno da energia sustentável. As propostas de projetos foram analisadas e escolhidas por empresas, universidades e entidades de classe ligadas ao setor de energia, que escolheram 35 projetos para o primeiro cronograma.
Os projetos estão divididos em quatro pilares: eficiência energética, inovação tecnológica, economia de baixo carbono e massificação do conceito. Cada um destes pode ser replicado em mais quatro setores estratégicos, como a construção, a indústria, o transporte e o comércio.
A criação do Polo Verde do país na Ilha de Bom Jesus (RJ), que consiste em novos centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de multinacionais, e a transformação de Búzios (RJ) na primeira cidade inteligente do Brasil, por meio da instalação de sinalização de trânsito com energia solar e asfalto com borracha feito de pneu reciclado também fazem parte do programa.