Breaking News

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Caxiuanã sedia curso internacional sobre Ecologia e Biogeoquímica da Amazônia

Programa de cooperação entre cientistas brasileiros e norte-americanos, o Amazon-PIRE (Parceria Internacional em Pesquisa e Educação sobre as Interações Climáticas da Amazônia) promove no período de 19 a 29 de julho, na Floresta Nacional de Caxiuanã, em Melgaço (PA), o curso “Ecologia e Biogeoquímica da Amazônia”. O curso será realizado na Estação Científica Ferreira Penna, do Museu Paraense Emílio Goeldi, um dos mais importantes laboratórios de pesquisa do mundo tropical, pelos pesquisadores Scott Saleska, da Universidade do Arizona; Plínio de Camargo, da Universidade de São Paulo; Leandro Valle Ferreira, do Museu Goeldi; Antonio Carlos Lola da Costa, da Universidade Federal do Pará (UFPA); entre outros especialistas convidados. “Sediar este curso é um privilégio para o Museu, pois reafirma a importância da Estação como laboratório de pesquisa e treinamento em ecologia de florestas tropicais”, afirma a diretora do Museu Goeldi, Ima Vieira.O treinamento é destinado a especialistas e estudantes que participam de projetos realizados no âmbito do Amazon-PIRE, como o que estuda a “Dinâmica do carbono, da água e da vegetação da Amazônia, sob os efeitos da variabilidade climática”, da Universidade do Arizona, que fará uso dos dados produzidos pelo Programa LBA-ECO NASA (Programa de Estudo de Larga Escala entre Biosfera e Atmosfera – Ecologia) para gerar uma imagem abrangente, relativa a uma década, da resposta das florestas aos eventos climáticos globais.O Amazon-PIRE é uma cooperação internacional entre cientistas brasileiros e americanos que busca investigar os efeitos das mudanças climáticas nas florestas que compõem o bioma amazônico. “A cooperação científica em treinamentos de alto nível na Amazônia é muito importante, porque traz o que de melhor se faz no mundo em ciência”, explica Ima Vieira. A cooperação reúne pesquisadores de universidades americanas, como Harvard e do Arizona; e de instituições de ensino superior e de pesquisa do Brasil, como a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal do Pará, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e a Embrapa. Os parceiros norte-americanos são financiados pelo U.S. National Science Foundation's Office of International Science and Education, enquanto que as instituições brasileiras têm seus recursos garantidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, através do CNPq.Dinâmica do Carbono Para compreender melhor os mecanismos das interações entre floresta e clima, o projeto “Dinâmica do carbono, da água e da vegetação da Amazônia, sob os efeitos da variabilidade climática” realizará análises, a partir de observações de campo e experimentos, para avaliar as mudanças significativas nos ciclos do carbono e da água na região. As informações geradas pelo projeto serão compartilhadas entre os pesquisadores brasileiros e estrangeiros e serão armazenadas em bancos de dados disponibilizados no Brasil, sob a gerência de pesquisadores brasileiros.Além da pesquisa, o projeto compreende um programa educativo, destinado ao treinamento interdisciplinar na Ciência do Sistema Terrestre, para a formação de estudantes de graduação e de pós-graduação americanos e brasileiros. O programa prevê a concessão de bolsas de estudo e a realização de trabalhos de campo e de cursos específicos anuais na Amazônia, como este que será realizado em julho em Caxiuanã.

Nenhum comentário: