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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Petróleo mais caro reforça caixa da Petrobras

RIO - O preço médio de US$ 44 do barril do petróleo no primeiro trimestre garantiu à Petrobras uma geração de caixa anualizada de US$ 3,5 bilhões além da projeção constante no plano de negócios da companhia, que considera os investimentos da empresa tomando por base um preço médio do barril de US$ 37 ao longo do ano. De acordo com Barbassa, o efeito no caixa do primeiro trimestre foi de cerca de US$ 900 milhões.O diretor confirmou que, para cada dólar a mais no preço médio do barril ao longo do ano além do preço de referência de US$ 37, a Petrobras se beneficiará com US$ 500 milhões no caixa no ano. Neste sentido, lembrou que os investimentos previstos para 2009 já têm o financiamento equacionado, com a previsão de entrada de US$ 6,5 bilhões de um pool de bancos ainda este mês."Temos um ano tranquilo em termos de financiamento. O preço de referência é de US$ 37 e hoje o barril já está em US$ 57", frisou Barbassa.A estatal encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,816 bilhões entre janeiro e março, uma queda de 20% em relação aos R$ 7,239 bilhões dos três primeiros meses do ano passado. Barbassa creditou a queda do lucro ao comportamento dos preços do petróleo, que baixaram de uma média de US$ 96,90 no primeiro trimestre do ano passado para US$ 44 entre janeiro e março.A receita líquida da petrolífera estatal ficou em R$ 42,595 bilhões, cifra 9% menor que a registrada entre janeiro e março do ano passado, de R$ 46,835 bilhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) somou R$ 13,426 bilhões, um declínio de 5% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Entre os destaques positivos, Barbassa lembrou do crescimento da produção nacional de óleo e gás, que subiu 7%, de 2,120 milhões de barris de óleo equivalente por dia no primeiro trimestre do ano passado para 2,261 milhões de barris diários nos três primeiros meses de 2009.Sobre a polêmica envolvendo a contabilidade da companhia, o diretor negou qualquer "manobra" ou "alteração" nas contas da empresa. Barbassa afirmou que a empresa recolhe impostos sobre o lucro real anual e que a opção do regime tributário a ser adotado para apuração do imposto sobre variações cambiais só é informada na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ), cujo prazo para entrega termina em 30 de junho deste ano. "O critério que adotamos é de uma apuração anual e a opção é feita na hora da declaração", ressaltou Barbassa.Conforme a legislação, as empresas podem optar por pagar impostos sobre a variação cambial no regime de caixa ou de competência. A estatal decidiu trocar o regime de competência pelo de caixa para o exercício de 2008, o que gerou créditos tributários no valor de R$ 3,97 bilhões para a empresa ao final de dezembro passado.
Fonte:(Rafael Rosas Valor Online)

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