Mercado sustentável é um dos que mais cresce no mundo

O segmento de meio ambiente e sustentabilidade deve crescer mundialmente cerca de 6,5% ao ano até 2020, alcançando um volume de USD 4,0 trilhões, de acordo com projeções da consultoria alemã Roland Berger Strategy Consultants. Atualmente, esse setor movimenta globalmente cerca de USD 1,8 trilhão. A Alemanha é um dos líderes em tecnologias sustentáveis: possui um market share de 30% em energias sustentáveis, 25% em tecnologias de reciclagem e uma fatia de mercado global em eficiências de matérias-primas de 5%. No mercado alemão, as áreas ligadas ao meio ambiente se expandem mais rapidamente do que as de outros setores industriais e deve crescer 6,7% ao ano até 2020, saltando de € 200 bilhões para € 470 bilhões. Como comparação, o incremento previsto para a indústria de máquinas e equipamentos é de 2%. Já a participação do setor ambiental no faturamento total da indústria alemã deve passar dos atuais 4% para 16% em 2020. De acordo com a Roland Berger, atualmente só 14% da indústria alemã ligada a este segmento é internacionalizada e existem grandes oportunidades de expandirem seus negócios para a América Latina, a África e o Leste Europeu. Potencial brasileiro Segundo o Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Brasil-Alemanha, Ricardo Rose, o Brasil é visto como um parceiro em potencial para a Alemanha expandir e diversificar investimentos. “Por ser o maior parceiro da Alemanha na América Latina, uma das principais economias do continente, contar com reservas naturais significativas, diversidade ambiental e ser um dos maiores países agrícolas e com áreas agricultáveis do mundo, detectamos oportunidades muito interessantes para a consolidação de parcerias”, avalia Rose. Segundo Thomas Kunze, sócio da consultoria Roland Berger Strategy Consultants no Brasil, as principais oportunidades de investimento que o país oferece estão na área de água e saneamento, separação e tratamento de resíduos urbanos e industriais, assim como energias renováveis (biocombustíveis, biomassa e eólica).