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terça-feira, 24 de março de 2009

ECT comemora 40 anos como modelo de correios de sucesso

Há 40 anos, o modelo postal brasileiro passou por uma revolução: o Departamento de Correios e Telégrafos (DCT) deu lugar à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), vinculada ao Ministério das Comunicações. A revolução empresarial que começou no dia 20 de março de 1969 foi um marco na história dos Correios, significando o primeiro passo rumo à modernidade. Os 115 mil empregados da ECT têm bons motivos para comemorar a data: em 2008, a empresa registrou lucro operacional pelo segundo ano consecutivo.
O retrato dos Correios neste início de 2009 revela os bons resultados dessa mudança. Além de se mostrar autossustentável, a ECT está na lista das instituições brasileiras com maior respeitabilidade junto à população.
Mudar a forma de gestão de uma instituição tricentenária foi enxergar a administração postal com os olhos do futuro. Reorganização, modernização e mecanização foram a tônica da transformação. A criação da ECT correspondia a uma nova postura, por parte dos poderes públicos, quanto à importância das comunicações e, particularmente, dos serviços postais e telegráficos, para o desenvolvimento do país. O ciclo de desenvolvimento ocorrido na década de 70 veio ao encontro das expectativas da população brasileira: pouco a pouco as distâncias foram sendo encurtadas graças ao serviço postal, que se estruturou e passou a desenvolver e oferecer produtos e serviços voltados para atender o mercado e as necessidades dos clientes.
Nesses 40 anos, os Correios superaram muitos desafios, sempre buscando contribuir para o desenvolvimento e a integração do País. A presença constante no dia a dia dos brasileiros, aliada à oferta de serviços rápidos e de qualidade, fez com que os Correios permanecessem até hoje no topo da lista das empresas com maior credibilidade no Brasil.
Ao mesmo tempo em que comemora os bons resultados, o presidente da ECT, Carlos Henrique Custódio, quer estender as atividades da empresa para além-mar: “É chegado o momento de abrirmos representações dos correios brasileiros no mercado internacional”, diz Carlos Henrique, ao lembrar que empresas de logística no exterior estão demitindo e cortando investimentos por causa da crise. Ampliar a atuação no mercado nacional, investindo em segmentos como o do Marketing Direto, também está nos planos do presidente da estatal: “Os Correios podem vender para empresas do mercado cadastros confiáveis, atualizados e adequados ao perfil de consumo dos seus clientes, maximizando, assim, o investimento com este tipo de mídia.” Aproveitar a rede de 55 mil carteiros para divulgar o microcrédito é outra frente defendida pelo atual presidente dos Correios.
Mas a atuação da empresa não se restringe à corrida por fatias de mercado. Mais do que nunca, os Correios se consolidam como um dos principais agentes da ação social do governo, atuando na distribuição de livros escolares, no transporte de doações em casos de calamidade, no transporte das urnas eletrônicas em época de eleição, na oferta de serviços financeiros em cidades desprovidas de agências bancárias e em inúmeras outras situações que contribuem para o bem-estar da sociedade.
Os Correios ainda apóiam a cultura e o esporte. Os esportes aquáticos, o futsal e, mais recentemente, o tênis são patrocinados pela empresa. A ECT também investe em diversos projetos culturais e mantém Centros Culturais nas cidades do Rio de Janeiro e Salvador e está prestes a inaugurar o centro cultural de Recife.

História Postal

Embora se comemore 40 anos da criação da ECT, a história postal brasileira começou a ser escrita cinco séculos atrás, em 1500, com o descobrimento do Brasil pelos portugueses. A carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal é a primeira “operação postal” de que se tem registro no País. Oficialmente, o serviço postal no Brasil teve início em 1663, com atuação destacada durante o Império. São, portanto, 346 anos que se confundem com a própria história do Brasil – um dos primeiros países a utilizar o selo postal, em 1843.
Ligado ao Ministério de Viação e Obras Públicas, o então Departamento de Correios e Telégrafos (DCT) evoluiu e, sob o regime do Estado Novo, pôde eliminar distorções dos primeiros 40 anos de República. Foram registrados, nessa época, os primeiros avanços da história da administração postal brasileira. Entretanto, no final da era Vargas e conseqüente redemocratização do País, o DCT voltou a sofrer influência de políticas clientelistas, mergulhando na estagnação – até a criação da ECT.

Programação de aniversário

Para comemorar os 40 anos, os Correios realizarão vários eventos na semana de 16 a 20 de março, em todo o Brasil. Entre as ações, está prevista para o dia 19, às 9h30, uma celebração religiosa em frente do Edifício-Sede dos Correios, em Brasília. Às 9h30 do dia 20 haverá, na área externa do edifício-sede dos Correios, apresentações de paraquedistas do BOPE/DF, da Banda de Fuzileiros Navais e do Coral dos Correios. Na ocasião, serão lançados os selos “Carta” e “Telegrama”.

Perfil da empresa (dados de 2008)

Infra-estrutura e movimento postal
Número de agências
12.352
Unidades de tratamento
56
Unidades distribuidoras
5.582
Frota (veículos, motos e bicicletas)
42.890
Aeronaves da Rede Postal Noturna
15
Número de empregados
115 mil
Tráfego postal
9 bilhões de objetos

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