Objetivo é mapear projetos que ampliem o conhecimento e proporcionem maior independência tecnológica dos países.
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia Barbosa, propôs a criação de um banco de dados com o mapeamento de todas as colaborações em biotecnologia promovidas entre Brasil, Argentina e Uruguai, no âmbito do Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO). A sugestão foi feita na abertura da 6º Reunião do Conselho Diretor do Cabbio, que teve início nesta segunda-feira (30), em Brasília.“Ao longo de anos, conseguimos fazer uma construção, acima de tudo, humanista da biotecnologia. O Cabbio representa essa união de países latino-americanos que gera colaborações, mas com uma igualdade nas relações. Esse é o grande valor que o sul global pode trazer para a discussão em biotecnologia”, afirmou Marcia Barbosa.
A 6ª Reunião do Conselho Diretor do Cabbio, que se estende até quarta-feira (1º), vai avaliar os resultados dos projetos de pesquisa e cursos conjuntos promovidos no decorrer de 2023 e definir os de 2024. A reunião é coordenada pela diretora do Cabbio, Mónica Marín, e conta com a participação do diretor de Programas Temáticos do MCTI, Leandro Bortolozo Pedron, além de outros representantes dos países-membros.
O Centro Latino-Americano de Biotecnologia busca consolidar a cooperação entre Brasil, Argentina, Uruguai para ampliar o conhecimento em biotecnologia e proporcionar uma maior independência tecnológica dos países. A cooperação com a Argentina ocorre desde a década de 1980. Em 2020, o Cabbio foi criado com a incorporação do Uruguai. A Colômbia também já formalizou a solicitação para fazer parte do centro.
O Cabbio impulsiona suas atividades por meio de chamadas públicas lançadas simultaneamente nos países membros. No Brasil, o MCTI, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é responsável pela elaboração dos chamamentos públicos para projetos de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação e projetos de cursos de curta duração na temática de biotecnologia.
Conhecimento
O Cabbio está estruturado em polos geradores de conhecimento, que correspondem aos setores de pesquisa em biotecnologia nos países. A infraestrutura existente em cada país é utilizada para executar projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento, formação e capacitação de recursos humanos e atividades conexas. Os cursos oferecidos e os projetos apoiados buscam atender às necessidades acadêmicas ou industriais, complementarmente aos programas nacionais.
Por meio dos cursos ofertados pelo Centro, mais de 5,5 mil profissionais já foram capacitados. Os treinamentos, nas modalidades presencial e remoto, têm como público estudantes em nível de pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, e profissionais da área.
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