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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

MCTI e Unilever Brasil assinam acordo para sustentabilidade na produção

Para o ministro, a construção da 15ª unidade do grupo no Brasil, em Aguaí (SP), mostra a confiança no País.
Crédito: Ascom/MCTI
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Unilever Brasil assinaram, nesta quarta-feira (19), um acordo de cooperação técnica com o objetivo de promover o desenvolvimento de projetos e produtos mais tecnológicos e sustentáveis e o uso mais eficiente de matérias-primas e recursos naturais.
O documento foi assinado pelo ministro Aldo Rebelo e pelo presidente da empresa, Fernando Fernandez, durante a inauguração da 15ª fábrica da empresa no País, em Aguaí (SP). Para Aldo, o momento marca a confiança da Unilever no País, que continua, apesar das dificuldades, a ser o terceiro destino de todos os investimentos mundiais e o primeiro destino da América Latina. "É um gesto de confiança que põe o Brasil no rumo que deve conexionar as forças políticas, sociais e econômicas", afirmou no evento, com presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de outras autoridades, além de executivos do grupo empresarial.
O ministro ressaltou que o Brasil tem recebido instalações de grandes empresas internacionais nos últimos anos. "Tivemos, recentemente, a criação de um grande centro de pesquisa da General Eletrics, no Rio de Janeiro, do Google, em Belo Horizonte, e há um centro de pesquisa e desenvolvimento da Unilever em Valinhos [SP]", listou. "E nós vamos procurar atrair mais centros de pesquisa ou mais atividades para os centros já existentes."
"Esses centros atraem empregos de alta tecnologia, pesquisadores, cientistas, e difundem não apenas o emprego de alta tecnologia no Brasil, mas também, servem de referência para outras empresas", comentou o titular do MCTI. "E o objetivo do Ministério, como políticas de ciência, tecnologia e inovação [CT&I], é exatamente esse: atrair centros de pesquisa de grandes empresas internacionais para o País."
Acordo
Segundo o documento, água, alimento e energia ocupam papel central na agenda global de mudanças climáticas, bem como nas políticas de pesquisa e desenvolvimento do MCTI. Além disso, a ciência, a tecnologia e a inovação são elementos essenciais às indústrias mais eficientes, que consomem menos, geram menos gases do efeito estufa, produzem menos rejeitos e agregam mão de obra qualificada.
O acordo ressalta ainda a importância da aproximação das políticas de governo com o setor industrial e do compartilhamento de conhecimentos para o uso mais eficiente dos recursos energéticos e hídricos em benefício da população.
O texto prevê a criação de um grupo de trabalho liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a participação da iniciativa privada e de outros organismos e entidades de representação setorial, para a elaboração de estudos de aplicação de novas tecnologias como fator de desenvolvimento sustentável do País.
Investimentos
A unidade inaugurada no interior paulista recebeu investimentos de R$ 500 milhões e foi construída sob as regras da certificação ambiental Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), contemplando estruturas que capturam a água da chuva para reúso e aproveitam a luz solar para a geração de energia. No espaço serão produzidos desodorantes aerossóis. No total, a Unilever tem investimentos previstos de R$ 1,1 bilhão nas regiões Sudeste e Nordeste até 2017.
"A fábrica de Aguaí é uma das mais sustentáveis do mundo. É um grande exemplo de que é possível crescer e, ao mesmo tempo, reduzir impactos ambientais. Queremos mostrar que a sustentabilidade conduz o crescimento dos nossos negócios. Acreditamos que a sustentabilidade precisa, cada vez mais, fazer parte do dia a dia das empresas e consumidores", declarou o presidente global da Unilever, Paul Polman.
Ele afirmou que o os investimentos para o crescimento da marca no Brasil devem-se ao "firme compromisso" da multinacional com o País. "Temos uma grande e orgulhosa história com o Brasil. Atualmente, o País é um dos nossos maiores mercados e mais exitosos. Queremos seguir sendo uma fonte de progresso econômico e social aqui", disse.
Sustentabilidade
A empresa está no País há 86 anos. Segundo divulgado, a nova fábrica começa a operar com consumo de energia 50% menor do que a média das outras fábricas de desodorantes da Unilever no mundo, o que deve reduzir a emissão de CO2. A companhia informa que recicla 100% dos resíduos gerados na operação, desde latas, plásticos e papelão. Os resíduos que não podem ser processados são coprocessados.
"Nossa fábrica de Aguaí possui a mais alta tecnologia em nível mundial atinge os máximos padrões de sustentabilidade e segurança. Nosso processo operacional racionaliza recursos como energia, água, emissão de gases, tudo para minimizar o impacto ambiental", afirmou Fernando Fernandez.
O governador Geraldo Alckmin ressaltou a importância da confiança da empresa no Brasil em um momento de instabilidade econômica que o País atravessa. "É uma conjuntura passageira, mas somos vocacionados para poder crescer. O Brasil, entre 1930 e 1980, cresceu 5% ao ano durante 50 anos. Foi um dos países que mais cresceu no mundo. Na década de 70 crescemos 12% ao ano no Produto Interno Bruto [PIB]", disse.
Segundo Alckmin, a inauguração da nova fábrica da Unilever é uma demonstração de confiança no desenvolvimento nacional. "Hoje é um grande dia, dia do emprego, da renda, da inovação, da tecnologia, da sustentabilidade, desenvolvimento. É um avanço impressionante em tecnologias que essa fábrica traz", comentou.
A cerimônia teve a presença do governador do vice-governador de São Paulo, Marcio França; do governador de Pernambuco, Paulo Câmara; e do vice-prefeito de Aguaí, Adalberto Fassina.