Em oito anos, a expansão dos parques eólicos pode fazer a produção, hoje em 3,5%, chegar a 11% da matriz elétrica brasileira
O Brasil bateu recorde na produção diária de energia eólica. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, em apenas um dia (20 de julho), foram produzidos 2.989,2 megawatts médios (MWmed) de energia gerada pela força dos ventos.
A energia é suficiente para o abastecimentos de cerca de 13 milhões de pessoas, levando-se em conta o consumo de energia elétrica residencial de 166 KWh/mês. O Nordeste, líder em produção de energia eólica, produziu 2.282,0 MWmed, enquanto a região Sul gerou 707,3 MWmed.
Em um ano, a produção da energia eólica, que representa 3,5% do total da matriz de energia do Sistema Interligado Nacional, cresceu 179%. No mês de maio, foram gerados 1.536 GW/h pelos ventos, 57% a mais do que em abril.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, em oito anos, a expansão dos parques eólicos pode fazer a produção representar 11% da matriz elétrica brasileira. Segundo o Plano Decenal de Energia (PDE 2023), a participação das fontes de energia renováveis na matriz pode chegar a 83,8% até 2023.
Os empreendimentos para construção de usinas eólicas vêm atraindo mais empresas nos leilões agendados pelo governo federal. Cerca de 475 projetos foram cadastrados para o leilão A-3, que vai ocorrer no dia 21 de agosto. Os empreendimentos totalizam 11.476 megawatts (MW) de capacidade instalada. Já o 2º Leilão de Reserva, marcado para o dia 13 de novembro, recebeu 730 empreendimentos eólicos, que somam 17.964 MW.