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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Raupp defende que programa espacial colabore com Forças Armadas

“Os últimos governos têm apoiado decisivamente a questão das pesquisas e do desenvolvimento tecnológico das Forças Armadas. Nós financiamos R$ 1,5 bilhão nos últimos anos”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, ao comentar a importância do MCTI na construção da Estratégia Nacional de Defesa.  

Raupp participou nesta segunda-feira (4), como palestrante, do seminário Política de Defesa e Projeto Nacional de Desenvolvimento, promovido pelas fundações João Mangabeira, Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, Maurício Grabois e Perseu Abramo, em Brasília. 

O ministro voltou a afirmar que é necessária maior integração entre as instituições que compõem o sistema espacial no país e que é preciso transformar a gestão do programa para avançar. “O panorama histórico espacial remete à base da perspectiva. É preciso redirecionar práticas históricas para ter sucesso no futuro”, disse. “Existem algumas transformações na maneira de operacionalizar que são fundamentais, e uma delas é o protagonismo das empresas brasileiras”, concluiu. 

Cronograma 

Lembrando que a ciência e a tecnologia integram o Plano Brasil Maior e têm responsabilidades em vários setores, Raupp expôs um cronograma de lançamentos de satélites com início neste ano, visando à autonomia espacial do país. Na programação estão: o CBers 3 (2012), Itasat e Ibas (2013), CBers 4, Amazônia 1 e Geo Com (2014), Amazônia 1B (2015). “A presidenta [da República] quer que o satélite Geo Com [geoestacionário] esteja no ar em 2014, e nós vamos trabalhar com esta meta”, ratificou. 

O desenvolvimento de um satélite geoestacionário pelo Brasil integra o Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) com o objetivo de atender aos objetivos e necessidades do país nas áreas de comunicações seguras, meteorologia, controle de tráfego aéreo e defesa nacional.  

“Temos uma proposta de que a partir da experiência do satélite geoestacionário forme-se uma comissão, de nível maior, que acompanhe a disponibilidade de recursos para esta área, dado o caráter estratégico, já que a questão da tecnologia das Forças Armadas é vital no que se refere a uma política de ciência e tecnologia no país”, comentou. “A defesa exige autonomia tecnológica, as empresas podem comprar ferramentas tecnológicas, já nas Forças Armadas isso é mais difícil”, finalizou o ministro. 

                                                                                                                              
Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI