A IBM está trabalhando em um supercomputador capaz de processar 1 exabyte de dados por dia — se você não tem ideia de quanto é isso, basta imaginar 1 milhão de discos rígidos de 1 TB lado a lado. Todos esses dados serão gerados por potentes telescópios interligados numa área de 3 mil quilômetros quadrados, que devem começar a ser construídos em 2017.
O projeto Square Kilometer Array (SKA) pretende descobrir o que aconteceu no Big Bang, evento provavelmente ocorrido há 13 bilhões de anos que dá nome a teoria científica mais conhecida da criação do universo. Uma das maiores dificuldades da IBM será desenvolver uma máquina com consumo energético eficiente — não, uma usina só para manter um computador não é algo tão interessante. 70 institutos em 20 países e grandes empresas ajudarão a custear o projeto, estimado em R$ 1,5 bilhões de euros (R$ 3,6 bilhões).
De acordo com o pesquisador da IBM, Ronanld Luijten, técnicas de fabricação utilizando materiais como o grafeno não deverão estar disponíveis para uso até 2017, quando a empresa começará a desenvolver o supercomputador. Será um grande desafio de criatividade também, já que milhões de servidores comuns seriam necessários para conseguir processar tantos dados em tão pouco tempo, mas o espaço físico é limitado.
Para armazenar tantos dados, a IBM pensa em utilizar fitas magnéticas. Apesar de a tecnologia ser bem antiga, ainda é a mais apropriada levando em consideração os custos, espaço físico e consumo de energia. Esse não será o único meio de armazenamento; a IBM também está procurando novas tecnologias e verificando a viabilidade de utilizar unidades SSD.
O supercomputador será milhões de vezes mais poderoso que os nossos PCs e processará cem vezes mais informação que o Grande Colisor de Hádrons. Para se ter uma ideia da quantidade de dados, 1 exabyte é o dobro de informação que trafega por dia em toda a internet. Se nada explodir, a máquina estará pronta em 2024 e será instalada na África do Sul ou na Austrália.
Com informações: Mashable, Daily Mail.
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