A apresentação do Samsung Nexus Prime estava agendada para o dia 11, mas a morte de Steve Jobs, no dia 5, levou a que as empresas adiassem o evento. A apresentação terá agora lugar em Hong Kong, às 10h, hora local (3h em Lisboa).
O novo telemóvel será o primeiro equipado com a versão 4.0 do sistema Android (também conhecida por Ice Cream Sandwich). O sistema é impulsionado pelo Google, mas é de código aberto e pode ser usado livremente por qualquer empresa.
Esta nova versão junta num único sistema as variantes de Android destinadas a smartphones e a tablets. A medida pretende facilitar o desenvolvimento de aplicações para os dois tipos de aparelhos.
O Android 4.0 chega numa altura em que muitos aparelhos no mercado estão ainda equipados com versões antigas da plataforma – os fabricantes e operadores de comunicações tendem a demorar a dar aos respectivos clientes uma actualização do sistema (e, em alguns casos, não há sequer uma actualização oficial). O fenómeno de coexistência de várias versões (contrariamente ao que acontece com o iPhone) levou ao fenómeno que tem sido designado por fragmentação do ecossistema Android.
A Samsung é dos fabricantes que mais tem apostado em telemóveis com esta plataforma, mas os aparelhos da linha Nexus (é já o segundo que a Samsung fabrica) são feitos em estreita parceria com o Google e têm algumas diferenças em relação aos restantes telemóveis da fabricante coreana – por exemplo, o sistema operativo não tem as alterações de interface que a Samsung acrescenta aos seus restantes Android.
Tal como o antecessor Nexus S, o Prime será um dispositivo topo de gama, desenhado para concorrer com o topo de gama da Apple (actualmente, o iPhone 4S), bem como para demonstrar as potencialidades do Android 4.0 e para servir de referência aos fabricantes.
Informação não oficial publicada na internet aponta para um aparelho com um ecrã de alta definição e de grandes dimensões (4,65 polegadas), processador de 1.2Ghz de dois núcleos, câmara de cinco megapixels, 1GB de RAM e 32GB de capacidade de armazenamento.
Este será o terceiro modelo com a marca Google. O primeiro foi o Nexus One, fabricado pela HTC.
Recentemente, o Google anunciou a intenção de comprar a Motorola Mobility, que também fabrica telemóveis Android (o negócio precisa ainda de obter a aprovação de reguladores). O Google afirmou que a Motorola continuará a ser mais um dos muitos parceiros a trabalhar com a plataforma, mas muitos analistas já notaram que o mais provável é que se estabeleça uma relação de acesso priviligiado da Motorola a novas versões do Android.
Um documento interno do Google, revelado no mês passado na sequência de um processo judicial entre esta empresa e a Oracle, contém instruções para que seja dado acesso privilegiado a alguns parceiros – e a Motorola e a operadora americana Verizon são dados como exemplos.
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