Com um aumento de 110% em seu lucro líquido, que saltou para R$ 216 milhões no terceiro trimestre deste ano, o resultado da construtora e incorporadora MRV Engenharia surpreendeu analistas, que esperavam, em média, algo em torno de R$ 175 milhões. Nos nove primeiros meses do ano o resultado mais que dobrou ao passar para R$ 482 milhões. O bom resultado foi atribuído, principalmente, ao forte mercado e a qualidade das operações.
A receita somou R$ 881 milhões, aumentando em 95,8%. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa somou R$ 270 milhões no trimestre analisado, crescimento de 114,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e a margem Ebitda saltou de 27,9% para 30,6%.
Os lançamentos (em termos operacionais), somaram R$ 1,03 bilhão no trimestre e R$ 2,8 bilhões entre janeiro e setembro, avanços de 58% e 79%, respectivamente, e devem ser intensificados no atual trimestre, de acordo com o diretor financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, ao informar que o quarto trimestre é usualmente mais forte para o setor. As vendas contratadas chegaram a R$ 889,7 milhões no trimestre e R$ 2,6 bilhões no acumulado do ano. Corrêa também disse que as vendas contratadas deverão chegar a R$ 3,7 bilhões até o final do ano, próximo a média da empresa.
Souza também acredita que a MRV atingirá o guidance. A companhia lançará apenas o guidance de vendas contratadas mais tarde, mas a previsão é de forte desempenho, pois atualmente, "não há grandes oscilações no mercado imobiliário" e a margem é ascendente, razão pela qual o guidance foi elevado. "Atingiremos o guidance", assegurou Souza. Atualmente, a capacidade financeira da empresa é "maior que a necessária". A MRV passará a lançar R$ 2 bilhões por trimestre, o que acontecerá no último deste ano ou no primeiro de 2011.
Durante a teleconferência de divulgação do balanço, os executivos fizeram questão de ressaltar que a empresa não vem sofrendo com a "pressão de custos de insumos". Para o presidente da MRV, Rubens de Souza, os custos de construção estão sendo impulsionados pelo preço da mão-de-obra - tema bastante discutido. Segundo classificou, essa alta no preço é até "boa" para a indústria, e não haverá dificuldades na hora da contratação de novos trabalhadores, muito menos um "apagão".
Fonte: Mercantil On-line
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