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sábado, 17 de julho de 2010

FINEP investe em novas tecnologias para enfrentar mudanças climáticas

O Catarina foi o primeiro furacão identificado no Brasil, em 2004. (Foto: NASA)

Novos investimentos estão revolucionando a previsão do tempo e pesquisas sobre o clima no Brasil. Nos últimos 20 anos, a FINEP já investiu cerca de R$ 100 milhões em infraestrutura e projetos na área, especialmente nos dois centros de meteorologia e pesquisas climáticas do País, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Ainda em 2010, será instalado o novíssimo supercomputador no CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), ligado ao INPE. A nova máquina terá cerca de 50 vezes mais poder de processamento do que a atual: serão 15 Teraflops, ou seja, 15 trilhões de operações matemáticas por segundo. Será a maior máquina do mundo voltada para previsão do tempo, segundo o diretor do INPE, Gilberto Câmara. O supercomputador permitirá previsões mais precisas. O chefe do CCST (Centro de Ciência do Sistema Terrestre do CPTEC), Carlos Nobre, afirma que, com o novo sistema, o Brasil terá condições de realizar simulações climáticas de longo período, além de formular um modelo climático brasileiro. “As decisões sobre políticas climáticas podem ser aprimoradas pela análise de dados científicos produzidos no próprio País”, explica Nobre.

Os fenômenos meteorológicos extremos – furacões, enchentes, nevascas e seca - causam grande impacto socioeconômico e ocorrem em escala de tempo curtíssima. O Brasil é um dos países que mais produz alimentos no mundo e estes fenômenos podem, de uma hora para outra, frustrar colheitas, prejudicar a distribuição e provocar aumento de preços. Apesar de o Brasil não sofrer com eventos catastróficos naturais, como terremotos e erupções vulcânicas, tempestades repentinas e enchentes estão mais constantes e são a principal causa de mortes resultantes de ocorrências relacionadas ao clima no País. Diversas iniciativas têm sido adotadas para minimizar os problemas decorrentes desta realidade, desde a montagem e manutenção de bancos de dados, à previsão do tempo em tempo real e adoção de medidas de emergência.

Esses fenômenos têm sido mais frequentes. As enchentes ocorridas nas últimas semanas na região Nordeste foram intensificadas por chuvas excessivas devidas, principalmente, à elevação da temperatura média do Oceano Atlântico. Em abril passado, o estado do Rio de Janeiro sofreu com a pior enchente de sua história, que provocou mais de 200 mortes. No último verão, houve chuvas excessivas em todo o Sudeste: choveu mais de um mês ininterruptamente em São Paulo. Em 2008, várias cidades situadas no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, sofreram com enchentes que deixaram 135 mortos. E a mesma região, em 2004, teve a experiência de um fenômeno inédito: o primeiro furacão já identificado no Atlântico Sul, batizado de Catarina. Segundo o relatório Climate Change 2007, organizado pela ONU, tudo indica que essas alterações têm sido aceleradas por influência humana, principalmente devido à emissão excessiva de gases que intensificam o efeito estufa, aumentado a temperatura média da Terra.

Veja aqui a matéria completa, na última edição da revista Inovação em Pauta.

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