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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Correios: empregados começam a retornar ao trabalho

No sexto dia de greve, empregados dos Correios de diversas localidades começam a retornar ao serviço. Na noite de sexta-feira (18), os trabalhadores do Rio de Janeiro decidiram em assembléia pelo retorno ao trabalho, juntando-se aos empregados da Bahia, Rio Grande do Norte, Ribeirão Preto, Santos e Bauru (SP), Santa Maria (RS) e Uberaba (MG). O efetivo em greve, que era de 31% na sexta, caiu para 24% dos 109 mil empregados hoje (21).
Nesta madrugada, a rede postal noturna funcionou normalmente. Os serviços mais atingidos são de distribuição dos objetos postais. A carga com atraso é de 34,6 milhões de correspondências e 339 mil encomendas, para um movimento diário de aproximadamente 33 milhões de correspondências e 770 mil encomendas.
As agências de correios em todo o Brasil também estão funcionando normalmente. Por precaução, continuam suspensos apenas os serviços com hora certa – Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundi e Disque-Coleta. O Sedex funciona, mas sem garantia de prazo para entrega.
No final da tarde de sexta-feira (18), os Correios protocolaram junto ao TST pedido para instauração de dissídio coletivo, de natureza econômica, com pedido de liminar para suspensão do movimento grevista. Nos próximos dias o TST deverá chamar as partes para uma audiência de conciliação.
A greve foi deflagrada por ecetistas de diversos estados brasileiros, apesar de todo o esforço da direção da empresa em apresentar uma proposta salarial acima da média e bem superior à expectativa criada com a crise econômica mundial. A proposta da ECT foi de reajuste imediato de 9% na tabela de salários e aumento linear de R$ 100,00 a partir de janeiro de 2010, entre outras vantagens de cunho social.
Representante do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, presente nas negociações, forneceu parecer favorável à proposta dos Correios. O presidente Lula, ciente dos esforços da empresa para encontrar uma solução conciliadora para a greve, manifestou-se contrário ao movimento paredista: “É importante que a vanguarda do movimento, em nome das diferenças políticas, não leve os trabalhadores e as trabalhadoras a prejuízos salariais, porque na hora em que se começar a descontar os dias (parados), as pessoas vão perceber que, às vezes, no sonho de querer tudo terminam não tendo nada”.
As negociações coletivas deste ano tiveram início em 31 de julho. Foram realizadas, ao todo, 14 reuniões entre representantes da empresa e dos empregados. Os dias parados serão descontados dos grevistas já no salário de setembro.

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