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domingo, 26 de julho de 2009

Finep investe recursos para pesquisa em vacina contra as gripes suína e aviária

Desde 2002, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) já investiu cerca de R$ 73 milhões no Instituto Butantan (SP) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ambas as instituições pesquisam uma vacina contra a gripe suína (influenza A H1N1) e a gripe aviária. Os recursos se destinam ao apoio e a pesquisas de novas vacinas e medicamentos, além da melhoria de infraestrutura.
De acordo com Hisako Gondo Higashi, diretora da Divisão Bioindustrial do Butantan, o órgão tem condição de fabricar as vacinas, uma vez que os estudos estão em fase avançada. “Assim que recebermos a cepa (variedade) do vírus e tivermos autorização do Ministério da Saúde, a vacina poderá ser fabricada”, afirma. Nos próximos meses, o Butantan deve lançar a vacina brasileira contra a gripe aviária. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já tinha concluído em maio o sequenciamento genético do vírus influenza A H1N1 mapeado no País. Em junho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a gripe suína uma pandemia. O Brasil é um dos poucos países que fabrica vacinas, sendo o único na América Latina a ter uma produção em grande escala. O Instituto Butantan e a Fiocruz, no Rio de Janeiro, fazem a maior parte das vacinas utilizadas nas campanhas de imunização do governo. Desde 2005, o Butantan vem formulando a vacina da gripe sazonal, já tendo produzido mais de 22 milhões de doses apenas em 2009. Ainda este ano, será inaugurada no Instituto uma nova fábrica destinada ao incremento da produção da vacina da gripe anual, que deverá disponibilizar mais de 26 milhões de doses por ano. As gripes, com suas diversas variedades, são chamadas tecnicamente de influenza, nome do vírus que provoca a doença que atinge mamíferos e aves e é uma das mais antigas e comuns em todo o mundo. O tipo mais comum de influenza é a gripe sazonal, que normalmente ataca uma vez por ano, geralmente nos meses mais frios. O vírus é altamente mutável e, por isso, a cada ano surgem novas variedades (cepas) e cabe à OMS definir quais as mais prováveis de provocar a gripe no ano seguinte, dando autorização só a laboratórios aprovados a fabricar as vacinas contra a gripe sazonal. Apesar de todo o cuidado, a gripe comum ainda mata cerca de 500 mil pessoas no mundo a cada ano. No Brasil, a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, iniciada em 1999, alcançou 87% da população acima de 60 anos em 2008, um recorde. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra influenza reduz em mais de 50% a ocorrência de doenças relacionadas à gripe nos idosos vacinados e, no mínimo, de 32% das hospitalizações por pneumonias.

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