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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Professores tomam posse terça-feira na Academia Brasileira de Ciências

Os 22 membros eleitos pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em 2008 tomarão posse na terça-feira, 5 de maio, às 19 horas, no Hotel Copacabana Palace, Rio de Janeiro.
Três professores agraciados com a distinção são da Unicamp e vão compor o rol de pesquisadores das dez áreas especializadas da entidade: Yoshitaka Gushikem, da área de Ciências Químicas, pertence ao Instituto de Química (IQ); Carlos Alfredo Joly, da área de Ciências Biológicas, ao Instituto de Biologia (IB), e Carlos Ourívio Escobar, da área de Ciências Físicas, ao Instituto de Física ‘Gleb Wataghin’. Fundada em 1916 no Rio, a ABC desempenha papel importante em atividades ligadas à ciência, como influenciar a criação de diversas instituições e publicações científicas, desenvolver programas e eventos científicos, estabelecer convênios internacionais e disponibilizar recursos para a sociedade acadêmica.O professor Gushiken está na Unicamp desde 1971. Concluiu graduação e doutorado na USP. Realizou pós-doutorado no Departamento de Físico-Química da Universidade de Tohoku, Japão. Por duas ocasiões, em 1996 e em 1999, recebeu o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico ‘Zeferino Vaz’, concedido pela Unicamp aos pesquisadores mais produtivos da instituição. Recebeu em 2003 o Prêmio Journal Brazilian Chemical Society da Sociedade Brasileira de Química e em 2004 o Prêmio de Reconhecimento Científico do XII BMIC/II Joint Italian Inorganic Chemistry Meeting. Em 2005, ganhou o título de doutor Honoris causa da Karazin Kharkov National University, na Ucrânia. Em 2008, Gushikem recebeu a comanda da Ordem do Mérito Científico do MCT. Sobre a distinção na ABC, Gushikem disse que é o reconhecimento de seu trabalho de quase 40 anos na Unicamp, com atividades científicas, administrativas e de extensão. Acredita que seus contatos externos e sua produção científica ajudaram muito nesta indicação. Atualmente faz investigações sobre novos materiais cerâmicos eletricamente condutores e materiais híbridos.

Os esforços do professor Carlos Alfredo Joly para preservação e caracterização da biodiversidade no Estado de São Paulo foram destacados com a concessão de vários prêmios, entre eles a menção honrosa em 2007 no 22º Prêmio Jovem Cientista, iniciativa do CNPq e de outros parceiros. Foi o mentor do programa Biota/Fapesp, iniciado em 1999. Tais ações renderam lei estadual que estabelece critérios para desmatamento de vegetação nativa em áreas paulistas. Em 1999, como coordenador do programa, ganhou o Prêmio Henry Ford de Iniciativa do Ano na Área de Conservação. “Muito mais do que uma distinção individual, entendo que tomar posse na Academia Brasileira de Ciências é um reconhecimento do trabalho de todos os meus colegas do antigo Departamento de Botânica do IB da Unicamp. Por mais de 30 anos, tive o privilégio de conviver, aprender e amadurecer profissionalmente com um grupo muito especial de pessoas que de forma generosa e desprendida sempre apoiou os meus projetos e iniciativas, particularmente no planejamento e implantação do Biota, cuja complexidade implicou muitas vezes uma menor disponibilidade de tempo para as atividades rotineiras do Departamento”, comentou Joly. Em 2002, ele recebeu a Ordem do Mérito Científico e em 2005 o Prêmio Ambiental von Martius da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Fez graduação em Ciências Biológicas pela USP, mestrado na Unicamp, PhD em Ecofisiologia Vegetal pelo Botany Department da University of Saint Andrews, Escócia, e pós-doc pela Universität Bern, Suíça (1994). É professor titular em Ecologia Vegetal da Unicamp.

O Observatório Pierre Auger de Raios Cósmicos, instalado na Argentina, ocupa uma área de três mil quilômetros quadrados, onde estão espalhados 1.600 tanques detectores de superfície e 24 telescópios. O objetivo dos equipamentos eletrônicos é compreender melhor fenômenos astrofísicos e, conseqüentemente, a origem do universo. São 250 especialistas em todo o mundo unidos neste esforço, sendo 25 brasileiros, coordenados pelo professor Carlos Escobar. Ele está no projeto desde a sua concepção em 1995. Também atua em experimentos de alvo fixo no Fermi National Laboratory (Fermilab) nos EUA. Tem mais de 100 trabalhos publicados em revistas arbitradas. “É uma grande honra ter sido eleito para a Academia Brasileira de Ciências. Aqui, como em praticamente todos os aspectos da vida acadêmica e científica, trata-se da avaliação pelos seus pares. Interpreto minha indicação como uma forma de reconhecimento da qualidade e seriedade do trabalho científico e acadêmico que venho desenvolvendo em mais de 35 anos de atividades de pesquisa e ensino. Comparto esta alegria com meus muitos e excelentes professores, estudantes e colaboradores”, realçou.

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