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sábado, 4 de abril de 2009

Navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, atrai mais de 3 mil pessoas em Santos.

Foto: Navio Arctic Sunrise

São Paulo — Foi o último fim de semana de visitação pública gratuita. Em três meses, a expedição “Salvar o Planeta. É Agora ou Agora” atraiu mais de 20 mil pessoas em sete cidades brasileiras.

No último final de semana de visitação pública ao navio Arctic Sunrise, o Greenpeace recebeu mais de 3 mil pessoas no porto de Santos, litoral paulista, para falar sobre os impactos e as alternativas contra o aquecimento global. A atividade faz parte da expedição “Salvar o Planeta. É agora ou agora” que, em três meses de viagem pelo país, atraiu mais de 20 mil pessoas em sete cidades brasileiras: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos.

As longas filas que se formaram no Armazém 29 do Porto de Santos no sábado e no domingo não diminuíram a empolgação dos visitantes, que enfrentaram sol e chuva para visitar o navio do Greenpeace e conhecer um pouco mais sobre a embarcação, as ações da organização em defesa do meio ambiente, além de divulgar informações sobre os impactos das mudanças climáticas e as propostas de soluções. Ao final da visita, os visitantes são convidados a participar, assinando uma petição para o presidente Lula pedindo que o Brasil assuma a liderança nas negociações internacionais da reunião da ONU sobre clima, que acontecerá em Copenhague (Dinamarca), em dezembro deste ano. No total, mais de 30 mil pessoas assinaram a petição, que também pode ser acessada aqui . A atividade humana atual é a causa de um violento e inédito aquecimento global. Enquanto seguimos vivendo, produzindo e consumindo, a temperatura média global está aumentando. O consumo desenfreado dos recursos naturais não pára de crescer, enquanto o tamanho do planeta continua o mesmo. “Com as mudanças climáticas, temos cada vez menos tempo ou escolha”, disse Rebeca Lerer, coordenadora da expedição do Greenpeace. “A ciência é clara: em 2015, devemos ter estabilizado as emissões globais de CO2. Até 2050, devemos ter construído uma economia de carbono zero. Para enfrentar esse desafio, é preciso um esforço global que compartilhe responsabilidades entre governos, iniciativa privada, sociedade civil organizada e cidadãos para salvar o planeta e construir um futuro verde e pacífico”.


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Na sexta-feira (27/3), o Greenpeace realizou o seminário “Mudanças Climáticas: os desafios políticos e econômicos no cenário brasileiro” a bordo do Arctic Sunrise, em Santos, com a participação do prefeito João Paulo Papa; do secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Francisco Graziano; e o deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP); além de representantes de organizações locais.

A expedição “Salvar o Planeta. É Agora ou Agora” foi iniciada em janeiro na Amazônia. Durante sua passagem por Manaus (AM), Santarém, Porto de Moz e Belém (PA), o foco da expedição foi pelo fim do desmatamento na Amazônia.Ao longo da costa brasileira, de Fortaleza a Santos, a expedição contribuiu para o debate sobre a preservação dos oceanos, a necessidade urgente de investimentos para fontes renováveis de energia e os perigos da aventura nuclear brasileira.

"Os objetivos da expedição foram plenamente atingidos. Conseguimos passar a mensagem a milhares de pessoas por todo o Brasil e reunir especialistas de diversas áreas a bordo do Arctic Sunrise para debater alternativas à crise climática – a maior ameaça já enfrentada pela humanidade ", completou Rebeca.

O Brasil exerce posição importante no combate às mudanças climáticas, já que figura entre as 10 maiores economias do mundo e é o quarto maior poluidor do mundo. Os desmatamentos e o mau uso do solo, principalmente na Amazônia, são responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. A destruição da floresta amazônica libera todos os anos mais de 800 milhões de toneladas de gás carbônico.

Para fazer sua parte, o país deve se comprometer com metas setoriais de redução de gases do efeito estufa, zerando o desmatamento da Amazônia até 2015, promovendo as energias renováveis e eficiência energética e implementando uma rede de áreas marinhas para proteger os oceanos.

A expedição engajou ainda mais de 200 voluntários de todas as regiões do Brasil. “Os voluntários são a alma do Greenpeace. São eles que viabilizam as visitas públicas ao navio, que emprestam seus dons e suas habilidades em nossas atividades públicas e que nos dão um exemplo de cidadania ao fazerem sua parte por um mundo mais verde e mais pacífico”, disse Rebeca.

Saiba mais sobre a expedição Salvar o Planeta. É Agora ou Agora

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