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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Nova tecnologia ajuda no diagnóstico do câncer de mama

Pesquisa da USP e LNLS aponta a luz síncrotron como ferramenta importante para tratar câncer de mama.

O câncer de mama é o segundo tipo de maior incidência no mundo
Foto: Purestock

A fonte de luz síncrotron, acelerador de partículas que produz feixes intensos de raios-X, ultravioleta e infravermelho usados para estudos de materiais em níveis atômicos, moleculares e arranjos moleculares, se revela como uma ferramenta importante para investigação de novas técnicas a serem aplicadas no estudo do câncer de mama. É o que revela o estudo “Análise de tecido mamário normal e neoplásico por espalhamento de raios-X a baixo ângulo”, da Universidade de São Paulo (USP) - campus de Ribeirão Preto -, realizado no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do Ministério da Ciência e Tecnologia. O trabalho será apresentado na 18ª Reunião Anual dos Usuários do LNLS, que ocorre nos dias 18 e 19 de fevereiro, no campus do Laboratório, em Campinas (SP). A pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostra que o uso da técnica de espalhamento de raios–X a baixo ângulo, do inglês Small Angle X-Ray Scattering (SAXS), permite identificar diferenças estruturais entre os tecidos mamários normais e neoplásicos (benignos e malignos), o que poderá auxiliar em um possível diagnóstico, bem como para um prognóstico do desenvolvimento de um tumor. “O principal objetivo desta pesquisa é auxiliar no diagnóstico do câncer de mama, eliminando a subjetividade decorrente da biópsia tradicional. Além disso, futuramente esperamos adequar esta técnica para utilização conjunta à mamografia, criando assim, uma nova ferramenta de diagnóstico para atender a população em geral”, afirma André Luiz Coelho Conceição, pesquisador da USP-Ribeirão Preto, responsável pelo estudo. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer de maior incidência no mundo perdendo apenas para o de pulmão. Segundo projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 49,4mil casos devem surgir no Brasil entre 2008 e 2009. Assim como em outras formas de tumores, as chances de cura chegam a 100% se a doença for diagnosticada e tratada precocemente.

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